Neste texto tento explanar , alguns pensamentos relativos a uma questão , existente na maioria dos museus, incluindo em alguns museus europeus, mas que são colocados a parte, porque são exceções, geralmente museus com acervos pequenos e de regiões mais isoladas. No Brasil temos o mesmo problema, só que num estatus muito maior, o que seria este fator preocupante? O nacionalismo ou regionalismo se poderiamos assim dizer. A visão, a meu ver, preocupante, a valorização de determinados conteúdos históricos ou temas, geralmente de forma supervalorizada e até mesmo agressiva, em detrimento a outros, que passam a ser desvalorizados.
A questão levantada se refere a este tipo de proposta, muito em voga no Brasil, do "Regionalismo museológico" ou que poderiamos chamar também, de Museu regionalista, cuja única preocupação ou objetivo é preservação da história local, através de documentação ou objetos coletados na região, não se interessando em receber em seu acervo, nada que não esteja, no que os especialistas chamam o "temática" do Museu.Não que a tematização seja algo ruim, pelo contrário, mas o grande problema de um museu regional, é o tamanho do acervo ,que precisaria ser considerável, para ser temático, o que a maioria dos museus não tem , acervo.
O ruim da temátização é o fato de ser uma temátização local somente, não existindo interesse em outros temas de outros locais ou épocas.
A temátização nacionalista e regional acaba sendo danosa, por expor apenas a história local, e de determinado período de tempo, como exemplo cito a região onde vivo, o assunto do interesse de todos os museu da região e cidades próximas é o Tropeirismo, praticamente todos os museus existentes dão enfase a este tema, pois as cidades foram se formando devido as tropas que passavam , e este assunto virou praticamente o único assunto que parece merecer , ser exposto, enquanto que por exemplo a ferrovia, igualmente importante não é nem mencionado, o pior são assuntos relacionados a outras culturas, outros povos, ou outros tempos estes não entram na maioria dos museus regionalistas, isto gera um Museu isolado em si, mesmo quase que dizendo um "Museu de consumo interno", você não precisa saber mais nada, além deste tema , o que em minha visão é empobrecimento do conhecimento histórico .Até mesmo o que deve ou não ser incorporado nos museus regionais criam um caos, cito o exemplo de um museu deste tipo, um dia este museu recebeu uma doação de uma coleção de bules de chá de diversos países, a doação foi aceita, em outra ocasião outra doação foi rejeitada a de um papiro com cenas do julgamento dos mortos, no antigo Egito.
Aqui reina então a confusão, é um museu regional especificamente voltado a temática da região, mas que aceita uma coleção de bules europeus, e rejeita uma cópia de um papiro egípcio,sou ligado ao estudo da História romana, possuindo um acervo consideravel e objetos originais e facsimiles, se quisesse doar a este museu citado, não seria o meu acervo aceito, por não estar dentro da " temática" do Museu, "que temática", o passado romano não teria vez ali, apesar de nosso passado brasileiro estar ligado ao mundo romano, falamos portugues derivado do latim, nosso sistema juridico, a influência na arquitetura, este passado mais longinquo e não regional , não teria vez em nossos museus , assim temos uma visão mais empobrecida da História humana, só ficamos no circulo regional. Por isto prefiro os Museus Cosmopolitas, que abrangem todas as culturas e épocas, de acordo com o que vão recebendo seus acervos se enriquecem, a cultura é mais ampla o conhecimento histórico é maior, o que não acontece se você fica só na história local.
Este tem sido um grande problema dos museus regionais, o cansaço do visitante, que vendo um viu todos, pois todos as cidades acabam tendo o mesmo tema, e como citado os acervos as vezes pequenos, permitem pouca renovação de peças nas exposições, causando a velha reclamação conhecida dos funcionários dos museus, fui ao museu, são mesmas peças que vi a 10 anos atrás , como escutei de um visitante do museu local em minha cidade.
O ruim da temátização é o fato de ser uma temátização local somente, não existindo interesse em outros temas de outros locais ou épocas.
A temátização nacionalista e regional acaba sendo danosa, por expor apenas a história local, e de determinado período de tempo, como exemplo cito a região onde vivo, o assunto do interesse de todos os museu da região e cidades próximas é o Tropeirismo, praticamente todos os museus existentes dão enfase a este tema, pois as cidades foram se formando devido as tropas que passavam , e este assunto virou praticamente o único assunto que parece merecer , ser exposto, enquanto que por exemplo a ferrovia, igualmente importante não é nem mencionado, o pior são assuntos relacionados a outras culturas, outros povos, ou outros tempos estes não entram na maioria dos museus regionalistas, isto gera um Museu isolado em si, mesmo quase que dizendo um "Museu de consumo interno", você não precisa saber mais nada, além deste tema , o que em minha visão é empobrecimento do conhecimento histórico .Até mesmo o que deve ou não ser incorporado nos museus regionais criam um caos, cito o exemplo de um museu deste tipo, um dia este museu recebeu uma doação de uma coleção de bules de chá de diversos países, a doação foi aceita, em outra ocasião outra doação foi rejeitada a de um papiro com cenas do julgamento dos mortos, no antigo Egito.
Aqui reina então a confusão, é um museu regional especificamente voltado a temática da região, mas que aceita uma coleção de bules europeus, e rejeita uma cópia de um papiro egípcio,sou ligado ao estudo da História romana, possuindo um acervo consideravel e objetos originais e facsimiles, se quisesse doar a este museu citado, não seria o meu acervo aceito, por não estar dentro da " temática" do Museu, "que temática", o passado romano não teria vez ali, apesar de nosso passado brasileiro estar ligado ao mundo romano, falamos portugues derivado do latim, nosso sistema juridico, a influência na arquitetura, este passado mais longinquo e não regional , não teria vez em nossos museus , assim temos uma visão mais empobrecida da História humana, só ficamos no circulo regional. Por isto prefiro os Museus Cosmopolitas, que abrangem todas as culturas e épocas, de acordo com o que vão recebendo seus acervos se enriquecem, a cultura é mais ampla o conhecimento histórico é maior, o que não acontece se você fica só na história local.
Este tem sido um grande problema dos museus regionais, o cansaço do visitante, que vendo um viu todos, pois todos as cidades acabam tendo o mesmo tema, e como citado os acervos as vezes pequenos, permitem pouca renovação de peças nas exposições, causando a velha reclamação conhecida dos funcionários dos museus, fui ao museu, são mesmas peças que vi a 10 anos atrás , como escutei de um visitante do museu local em minha cidade.
Muitos podem ao ler este texto dizer, então você é contra os Museus "Regionais" ou "Locais", você os considera pouco importantes, ou de valor dúvidoso? Obviamente que não, a História, seja qual for ela, seja em que local for, deve ser salva e divulgada.
A meu ver os Museus devem ser Multiculturais, como muitos, existentes na Europa e Estados Unidos, com uma visão da "Cultura Humana", todas as culturas, dentro das possibilidades, desde a antiguidade até os dias de hoje, recebendo em seus acervos, os mais variados tipos de objetos, que jamais entrariam em um museu "regional".
Como exemplo de um "Museu Multicultural", como eu costumo chamar os museus que tem ampla visão histórica, que realmente nos mostra a valorização da cultura humana, de vários locais e épocas , é o Museu Spurlock nos EUA, ligado a uma universidade, mas que tiveram uma visão rara, de como deveria ser um "MUSEU" no seu real sentido, até mesmo no titulo de seu site acertaram em cheio sobre sua visão museológica(Spurlock Museum of World Cultures at Illinois) realmente um local de preservação e difusão do conhecimento, não somente "local", como lamentavelmente se "pensa" museu no Brasil, onde cada museu "regional", é uma ilhota solitária, isolado e pouco valorizado pela própria população local, ou "regional", que não vê sua história como significativa.
A meu ver os Museus devem ser Multiculturais, como muitos, existentes na Europa e Estados Unidos, com uma visão da "Cultura Humana", todas as culturas, dentro das possibilidades, desde a antiguidade até os dias de hoje, recebendo em seus acervos, os mais variados tipos de objetos, que jamais entrariam em um museu "regional".
Como exemplo de um "Museu Multicultural", como eu costumo chamar os museus que tem ampla visão histórica, que realmente nos mostra a valorização da cultura humana, de vários locais e épocas , é o Museu Spurlock nos EUA, ligado a uma universidade, mas que tiveram uma visão rara, de como deveria ser um "MUSEU" no seu real sentido, até mesmo no titulo de seu site acertaram em cheio sobre sua visão museológica(Spurlock Museum of World Cultures at Illinois) realmente um local de preservação e difusão do conhecimento, não somente "local", como lamentavelmente se "pensa" museu no Brasil, onde cada museu "regional", é uma ilhota solitária, isolado e pouco valorizado pela própria população local, ou "regional", que não vê sua história como significativa.
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